quarta-feira, 20 de maio de 2009

LIBERTE-SE PARA O AMOR

Neste final de semana fui a uma festa fantasia numa das melhores baladas do Brasil, fica dentro da mata Atlântica no litoral norte de São Paulo. Foram 5.000 pessoas, sendo 3.500 mulheres e 2.500 homens dançando freneticamente, tentando arrumar um par, ter um momento de sedução, na batida do amor perfeito. Tudo o que vi foram pessoas atuando num papel tipo fack, todas correndo atrás de um amor estereotipado, num mar de trapaças rápidas como a velha história de ela ir até o banheiro e você ser flagrado beijando outra após juras de amor.
Um amigo meu falou com o maior orgulho fiquei com 4, mas não arrastei ninguém e o que realmente ele conseguiu ? Um homem de 43 anos e ainda não aprendeu que a falta de honestidade não vai levar a lugar nenhum, só um vazio enorme rumo ao desamor que quantidade não significa plenitude.
Pessoas se enganando e não se entregando de corpo e alma a uma das experiências mais incríveis do universo o amor verdadeiro.
O amor precisa ser acalentado e saboreado muito lentamente, para que ele banhe o seu ser e se torne uma tal experiência de gozo que deixe de existir como ego. Não é que você esteja fazendo amor, você é amor.
O amor pode se tornar uma energia maior à sua volta. Ele pode transcendê-lo e a seu amado de forma que ambos se percam nele. Mas, para isso, você precisará esperar. Espere um momento e logo terá o jeito para isso. Deixe que a energia se acumule e deixe que aconteça espontaneamente. Aos poucos você perceberá quando o momento surge. Você começará a perceber os sintomas, os pré-sintomas e não haverá dificuldade.
Se não surgir o momento em que você naturalmente entra no ato do amor, espere, não há pressa. A mente do homem ocidental tem muita pressa, mesmo ao fazer amor, isso é algo a ser feito às pressas e pronto. Essa atitude está completamente errada.
Não se pode manipular o amor. Ele acontece quando acontece. Se ele não estiver acontecendo, não há com o que se preocupar. Não o torne em uma viagem do ego em que de qualquer modo você precisa fazer amor. Isto também está presente na mente ocidental: o homem acha que necessariamente precisa atuar. Se ele não estiver conseguindo, ele acha que não é suficientemente macho. Isso é tolice, é estupidez. O amor é algo transcendental, não se pode manipulá-lo. Aqueles que tentaram perderam toda a sua beleza. Então, no máximo, ele se torna um alívio sexual, mas todos os reinos sutis e mais profundos permanecem intocados.
O amor não possui nem é possuído, pois o amor basta para o amor.